terça-feira, 24 de junho de 2014

A verdade devastadora!



É tão difícil dizer que não estamos interessados quanto nos declararmos.
Se por um lado, dizermos a alguém que “vamos ser só amigos” fere. Declararmos-nos, cria um frio que percorre a espinha na incerteza de que do outro lado não vem a dolorosa e afiada frase que tentamos - interiormente - acreditar que não vai ser dita. Enfrentarmos a verdade de cabeça erguida e aceita-la com a naturalidade que merece nem sempre é fácil. Orgulho ferido ou simplesmente negação. Do outro lado, por vezes, a ingenuidade de um sentimento que simplesmente não existe. Mesmo que, muitas vezes, até gostávamos que existisse - seria tão mais fácil.
Os dois lados são extremamente complicados, mas ninguém disse que a vida era fácil.
Li, no outro dia, um artigo sobre as leis da atração  http://terapiassexuais.blogspot.pt/2014/06/as-leis-da-atracao.html e ainda assim continuo pouco esclarecida - a teoria está lá. A verdade é que é algo que não controlamos e daí o que agrada a uns, não agrada a outros. Não se explica, sente-se. O sangue fervilha. E o frio depararece num caldeirão de emoções.

Extremamente curiosa a parte em que “ Sabia que os homens podem interessar-se por mulheres diferentes dependendo se é manhã ou tarde? E que as mulheres podem sentir-se atraídas por homens de tipos muito distintos consoante a altura do mês? É a química a funcionar e, embora não se saiba ainda "da missa a metade", já muito é explicável e até mensurável." 
Prometo testar a teoria! E perceber em que perfil eu me encaixo.
A verdade é que os sentimentos, puros e sinceros não se explicam mas requerem respeito. E devem de ser tratados com o maior carinho. São preciosos. E como qualquer preciosidade devem de ser protegidos. Ninguém tem culpa de se sentir atraído, apaixonado ou mesmo encantado - mesmo que não correspondido. Acontece. 

Uma outra curiosidade: não nos interessamos por quem se interessa por nós. Não à partida, mas o oposto, ou pelo menos, o que nos rejeita numa primeira fase - com as devidas excepções. O fruto proibido continua a ser o mais apetecido. E esta lei que não se explica merecia ser autuada como um crime gravíssimo, punida pelas leis mais severas. 

Se temos alguém que nutre por nós um carinho extremo e disposto a fazer-nos felizes porque a tentação tem de morar ao “lado”? 

Criamos uma esperança baseada em supostos direitos, probabilidades, pressupostos ou promessas, de forma inconsciente nas pessoas que nos rodeiam.  Sentimentos que se confundiram numa fase mais carente. O não corresponder das expectativas na hora da verdade e o fazermos desabar  - ou desabar - perante a verdade devastadora. Quando acharam que o caminho era aquele, quando as famosas borboletas deixam o casulo para se afirmar e  não foram correspondidas. A desilusão. O recomeçar de uma procura, de uma busca - do tal tempo que achavam que iam recuperar, e nós - espelho da dura verdade  - fazemos um `call´ ao `allin´ e levamos na mão uma sequência real. Matamos o jogo. E muitas vezes, só nesse ponto percebem que não foi ´bluff´.
E a alteração comportamental - inevitável - dos esclarecidos amigos. Este sentimento por si só já é maravilhoso. Preservem. Separem o trigo do joio. A vida é feita de relações, não podem ser todas amorosas. As amizades - as verdadeiras - são pilares fundamentais na estrutura de um ser. 
Incomoda-me acreditar que temos um destino traçado, recuso-me ser uma marioneta da minha  própria vida. Aceito, não com naturalidade, mas com maturidade o que o destino me for reservando. E tento ser feliz em cada fase, a cada obstáculo. 
Um sentido pedido de desculpas aos que magoei. Não por querer. Mas pelo conjunto de factores que não abonaram a favor em determinada fase. Aos que - agora - continuo a magoar porque não sou capaz de aceitar uma condição só porque sim. Desculpem, por acreditar que não há idade para amar.  Desculpem se vos desiludi. Aos que não amei da mesma forma, mas amo de uma outra. Desculpem, mas vou continuar à espera - dele.
Não devemos de criticar, julgar nem cobrar, muito menos quando envolve sentimentos. 
Sabem porquê?
Acontece sempre aos outros, até que um dia, nós somos os outros de alguém.

sexta-feira, 6 de junho de 2014

Proposta (In) decente!

Tendo feito parte da minha e da vida de alguns, gostava que me brindassem com a vossa presença num evento. As opções que vos proponho são: jantar, convívio ou um sunset  a organizar, o local dependerá da adesão, para isso lancei uma sondagem (lado direito do blog), votem em consciência! - As eleições também deveriam de ser assim, talvez diminuíssemos a percentagem de abstenção.

Independentemente do número de adeptos gostaria ainda de poder contar convosco de forma a que neste dia também pudéssemos ajudar uma associação sem fins lucrativos com alimentos.

Na minha opinião seria interessante cruzar tantas pessoas numa mesma fase num mesmo sitio, trocarmos ideias e fazermos novas amizades.


Gostava muito de poder conhecer os que seguem o meu blog com tanto carinho.


Directamente para cada um de vocês o meu sentido obrigada!


quinta-feira, 5 de junho de 2014

Dia D!

Se há em mim todo um desejo de criar uma ligação - de preferencia para a vida - uma serie de questões se levantam. Não sei se devido ao cansaço ou pensamentos provenientes de um interior sequioso de tanta coisa,  dei por mim a pensar e uma vez mais a partilhar receios e desejos. 

Há uns meses atrás, num banal dia de compras no dia da mulher, acabei à conversa com a extremamente simpática e profissional Senhora que me atendeu. Não me recordo a idade mas estava uns anos acima da minha, não creio que o suficiente para poder ser minha mãe. As conversas são como as cerejas e de um vestido chegamos às coisas da vida e de uma relação. Alguns desabafos - acontece-me com frequência quando vou às compras, não sei ao certo o motivo, mas simplesmente acontece. Falo, oiço e acabámos mesmo por comentar algumas inconfidências femininas. E assim foi. Fiquei a saber que a Senhora tinha uma relação, mas que gostava de a ter em casas separadas. E falou das vantagens e desvantagens!

Na altura pensei que fazia sentido o discurso. Outra idade, outras vivências e falta de disponibilidade para a função de dona de casa no sentido de ter a obrigação de lavar cuecas e passar a ferro. Compreendi o ponto de vista e discordei porque penso em constituir família, repartir tarefas e ter “o” pai a acompanhar tudo.


E foi ao pensar voltar à loja que recapitulei tudo e fiquei a pensar nos prós e contras de morar juntos e partilhar um mesmo espaço. Nunca vivi junta. Só mesmo em férias e fins-de-semana! O que torna tudo muito cor-de-rosa. Não chegámos ao ponto de saturação nem tão pouco de arrependimento. 

E o meu lado dramático despertou.


É fundamental haver respeito de parte a parte. Sim, claro. É muito bonito na teoria. Mas por exemplo, não vai haver a altura de reflexão a sós após uma discussão, porque afinal a partilha passa por ai e é um espaço comum. Ou um fica na cozinha até passar a neura e o outro na sala? É que só sei lidar com a parte em que cada um vai para a sua casa e falamos umas horas mais tarde ou vemos-nos no dia seguinte. Não nos vamos chatear porque ele quer ver a bola, mas se for do clube do outro lado da segunda circular e só vir o respetivo canal, já me vai incomodar e então como resolvemos? Duas televisões? Sorteamos? É à semana? Só vemos as series em comum? Deixar a tampa da sanita aberta não me incomoda, mas deixar a cozinha desarrumada já não vou achar piada.  Há um plano para minimizar estas catástrofes familiares antes que aconteçam sem recorrer a produtos químicos? - por acaso há e manhã digo-vos qual! “Ah e tal adoro fazer-lhe o pequeno-almoço” sim, claro. Mas se morarem juntos, ele/ela vão fazer todos os dias o pequeno-almoço? - Se sim, digam que eu quero muito saber o segredo. Como é que falo com a minha melhor amiga, sem que ele oiça? Duplicam os jantares semanais? 

O segredo está no pacote “tudo incluído” do amor? Que inclui: paciência, cedência, ajustes de parte a parte? É que me soa tão a cliché que só posso ser uma insensível.


Se bem que, acordar em “conchinha" todos os dias vale tudo… Ou isso também muda!?!