domingo, 21 de fevereiro de 2016

Mulheres modernas


“Não sabes o teu real valor”, disseram-me durante um cortejo fúnebre. Por toda a carga inerente ao momento, o impacto foi enorme. Fez-me pensar, repensar e concluir.
Posto isto, descobri o meu grande problema: eu espanto os homens!
Tenho um emprego que me ocupa um dia inteiro, sou independente, a profissão que escolhi - sou realmente feliz por poder exerce-la - falo mais do que uma língua, já vivi fora do país, esforço-me por fazer frente à crise, tenho perspetivas de trabalho. Quero aprender mandarim ou atirar-me de cabeça ao doutoramento. Sou uma fada do lar – adoro cozinhar! Nos planos, ainda consta constituir uma família. Ah! Já me esquecia, sou fiel! Tenho na agenda todas as consultas dos meus avós para os próximos 3 meses. Em vez de pensarem que as mães me iam adorar, fogem a sete pés.
Os homens gostam do poder, de se pavonearem com o que têm, e se encontram uma mulher que olha para eles de igual para igual, veem-na como um inimigo e não um aliado. Eu vejo vantagens, eles veem as desvantagens. Não espero que me paguem a conta, nem que me abram a porta do carro, se o fizerem, tanto melhor, mas sejamos práticos, alternamos as despesas e eu bato a porta, devagar prometo!
Não nos podemos contentar com o pouco que nos dão. A relação da acomodação está fora de moda. Digo isto porque se queremos igualdade de direitos, então apliquemos a tudo. Temos direito à atitude. A não querer. A acabar. A começar. E recomeçar, tantas vezes quantas as necessárias, sem medos.
Vejam-nos como Mulheres, que vamos adorar ver-vos como Homens.
Fixem-se na vida daquelas, que como eu, procuram uma relação para a vida, não há melhor suporte e ajuda para as resoluções das contrariedades que um pilar emocional bem sustentado.
Aos que até se podiam encaixar no perfil, também encaixam no ditado: “Dá Deus nozes a quem não tem dentes”. As “nozes” que se contentam com as poucas mordidinhas que os “dentes” dão, vá se lá perceber.
Não dizem que atras de um grande homem está sempre uma grande mulher? Então e se – para variar um bocadinho - atrás de uma grande mulher estiver um grande homem? Justo, não? Melhor ainda, um casal, onde os dois têm o papel principal.
No amor, não há braços de ferro, há uma fusão de metais de quilates incalculáveis.

2 comentários:

  1. Tantas mudanças aos 30 né, tantos dilemas a serem resolvidos.
    Esse vídeo tem tudo a ver com seu Blog.
    https://www.youtube.com/watch?v=KF5MSrl3ThU
    Espero que goste!
    Bjs

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